7 dicas para conversar com seu médico sobre Cannabis medicinal
A utilização da cannabis medicinal de forma legal teve início no Brasil no ano de 2014.
Desde então as autoridades brasileiras vêm tomando providências para que a população possa ter acesso a produtos derivados de cannabis de forma segura e dentro da lei.
Assim sendo, a regulamentação atual permite que pacientes tenham acesso de forma legal e simplificada.
É comum que o interesse em começar um tratamento com Cannabis medicinal possa partir do próprio paciente.
Pensando nisso, saber como conversar com o seu médico sobre a possibilidade de realizar tratamento com cannabis medicinal é importante para pacientes e familiares.
Mas afinal de contas, como o paciente pode abordar este assunto com seu médico de confiança?
Como conversar com meu médico sobre cannabis medicinal
Primeiramente é importante esclarecer que não existe qualquer restrição quanto à especialidade médica ou patologia que pode receber prescrição de produtos cannabis medicinal.
Logo, a cannabis vem sendo utilizada para o tratamento de diversas situações clínicas, tais como:
- epilepsia
- depressão
- ansiedade
- insônia
- inflamações
- enxaqueca
- dor crônica
- fibromialgia
- doenças neurodegenerativas (Alzheimer e Mal de Parkinson)
- náusea e falta de apetite (anorexia).
Segundo a ANVISA, as especialidades que mais prescrevem são: neurologia, psiquiatria, neuropediatria, radiologia, clínica médica, neurocirurgia, reumatologia, cirurgia geral, pediatria, ortopedia, clínica geral e nutrologia.
1. Confie em seu médico
O paciente que pretende iniciar um tratamento com cannabis medicinal deve confiar em seu médico para se sentir à vontade para abordar sobre o assunto sem que haja vergonha ou constrangimento.
Reforçamos que não precisa ter receio, pois as aplicações clínicas da cannabis são permitidas no Brasil e não se trata de algo recreativo!
2. Explique porque você deseja fazer o tratamento com cannabis medicinal
Após trazer o tema, é muito importante explicar os motivos do seu interesse em iniciar o tratamento com a cannabis e pedir a opinião do seu médico.
Em outras palavras, explique as razões que o levaram a cogitar a possibilidade de realizar um tratamento com cannabis e debata com seu médico se este pode ser adequado para você e sua saúde.
Da mesma forma, algumas considerações a serem abordadas incluem quais outros tratamentos você já tentou e quais medicamentos está tomando atualmente.
Seu médico, além de levar em consideração quais medicamentos você está tomando no momento, irá atentar sobre seu histórico de saúde e demais condições.
3. Usos medicinais da Cannabis têm apresentado segurança na maioria dos casos clínicos
A ciência vem estudando novos usos e aplicações da Cannabis para controle de diversas patologias e a quantidade de estudos e artigos científicos tem crescido muito nos últimos tempos.
Esses mesmos estudos têm apresentado segurança em usos clínicos, desde que acompanhados por um médico e em dosagens adequadas.
4. Produtos ricos em CBD não dão barato
A Cannabis tem uma classe de compostos químicos chamados de Canabinóides. O CBD e o THC são apenas os mais conhecidos.
Os óleos ricos em CBD – os mais comuns no Brasil – não apresentam efeito euforizante, ou seja, não dão barato. Na verdade, eles apresentam um potencial efeito ansiolítico que vem sendo reconhecido pela ciência.
Apesar do efeito euforizante do THC, esse canabinóide é um importante aliado no controle de dores crônicas e até mesmo em casos de depressão.
5. Os possíveis efeitos colaterais da Cannabis medicinal são leves e geralmente desaparecem ao encontrar a dosagem correta
Os possíveis efeitos colaterais derivados do uso medicinal de óleos ricos em CBD mais comuns são sonolência, diarreia e tonturas.
Esses efeitos são leves e não ocorrem com todos que fazem uso dos óleos de Cannabis. Geralmente desaparecem após a 2ª semana de tratamento e ao encontrar a dosagem ideal para seu corpo.
6. Cannabis pode ser usada por pessoas de todas as idades
Estudos indicam que os óleos ricos em canabinóides apresentam segurança para pacientes de diversas idades, de crianças com epilepsia à 3ª idade, com casos de dores crônicas, Alzheimer, Parkinson e demência.
Até hoje a literatura médica não registra nenhum caso de morte causado por overdose de Cannabis.
7. Educação científica sobre Cannabis para o médico
Caso seu médico esteja aberto a debater e ainda não tenha conhecimento sobre o assunto, ele pode contar com o apoio técnico gratuito do corpo científico da Remederi.
A Remederi auxilia os profissionais da área médica a conhecerem ou se especializarem sobre o assunto, ministrando cursos e fornecendo materiais educativos.
Caso seu médico de confiança não esteja aberto ao tema e você queira uma segunda opinião médica, a Remederi pode te ajudar a encontrar um médico especializado para tratamento de acordo com a sua condição clínica.
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